'' Gilmar Belenos ''

A pesar de ser invisível de não ter testemunha ocular e de estar além dos fatos convencionalmente aceitos, uma parcela extremamente grande da raça humana ao redor do planeta acredita na existência de Deus. De acordo com a comunidade cientifica, há uma vasta quase divina, energia alem do domínio de tempo e espaço, que causa a formação de galáxias, estrelas, mundos, seres vivos e todas as outras coisas que são governadas por determinados ritmos.
Consequentemente, em razão da ausência de fatos claros, todas as religiões foram sendo tecida ao redor da mitologia proposta pelos antigos sábios e filósofos. Muito do Hinduísmo e de seus mitos tomou forma com o advento da raça Ariana, que veio da região caucasiana para essa terra entre 5000 - 3000 a.C. Influenciados pelos aborígenes do local, cuja cultura deve ter sido limitada a rituais devotados a animais e espíritos dos mortos, e pelos dravidianos que acreditavam em coisas que eram símbolos da criação de Deus, de acordo com a percepção que tinham naquela época, os arianos propagaram os elementos naturais como Terra (Bhoomi), Céu (Gagan), Ar (Vayu), Fogo (Agni) e Aguá (Neer), dando surgimento ao conceito do Ser Todo-Poderoso, chamando-o de Bhagvan. Hinos como a Gayatri Mantra foram compostos em homenagem a esses elementos e inseridos nos Vedas, a literatura que estava sendo escrita na época. Essa literatura estimulou o conceito das diferentes manifestações de Deus, como Vayu Dev, Surya Dev, etc. A popularização da literatura Védica fez crescer a crença na existência de Deus criador, Deus preservador e Deus destruidor. Com períodos difíceis surgindo continuamente com as constantes invasões, o conceito de reencarnação de Deuses tomou forma. E, finalmente, cada individuo escolheu seu próprio Deus pessoal, adequando-o ás suas próprias predisposições e personalidades.



O Hinduísmo é uma tradição religiosa que se originou no subcontinente indiano. Frequentemente é c
hamado de Sanātana Dharma por seus praticantes, frase em sânscrito que significa "a eterna (perpétua) dharma (lei).
Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, a crença na "Alma Universal", o termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista. Entre as suas raízes está a religião védica da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a "religião mais antiga", a "mais antiga tradição viva" ou a "mais antiga das principais tradições existentes". É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Isso faz do hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal. Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
As escrituras do hinduísmo se divide em shruti ("revelado") e smriti ("lembrado"). Estas escrituras discutem a teologia, filosofia e a mitologia hinduísta, e fornecem informações sobre a prática do dharma (vida religiosa). Entre estes textos os Vedas e os Upanixades possuem, importância e antiguidade. Outras escrituras importantes são os Tantras, os Ágamas, sectários, e os Puranas, além dos épicos Maabárata e Ramáiana. O Bhagavad Gita, um tratado do Maabárata, narrado pelo deus Krishna, costuma ser definido como um sumário dos ensinamentos espirituais dos Vedas.
A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema.
Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brahma, Shiva e Vishnu. 


Os hindus cultuam cerca de 330 mil divindades diferentes.
O hinduísmo é um sistema diversificado de pensamento, com crenças que abrangem o monoteísmo, politeísmo, panenteísmo, panteísmo, monismo e ateísmo, e o seu conceito de Deus é complexo, e está vinculado a cada uma das suas tradições e filosofias. Por vezes é tido como uma religião henoteísta (isto é, que envolve a devoção a um único deus, embora aceite a existência de outros), porém o termo é visto, da mesma maneira que os outros, como uma generalização excessiva.
A maior parte dos hindus acredita que Atma (espírito ou a alma) o "eu" verdadeiro de cada pessoa. De acordo com as teologias monistas/panteístas do hinduísmo (tais como a escola Advaita Vedanta), este Atma não pode ser distinguido, em última instância, do Brâman, o espírito supremo; estas escolas são, portanto, chamadas de não-dualistas. A meta da vida, de acordo com a escola Advaita, é chegar à conclusão que o seu atma é idêntico ao Brâman, a alma suprema. Os Upanixades afirmam que quem tome consciência do atma como o âmago de si próprio estabelece uma identidade com Brâman, atingindo assim o moksha ("liberação" ou "liberdade").

As escrituras hindus se referem a entidades celestiais chamadas devas (ou devī, na sua forma feminina; devatā é usado como sinônimo de Deva em hindi), "os brilhantes", que pode ser traduzido como "deuses" ou "seres celestiais". Os devas são uma parte integrante da cultura hindu, e foram retratados na sua arte, e através de ícones, e histórias mitológicas sobre eles foram relatadas nas escrituras da religião, particularmente na poesia épica indiana e nos Puranas. Frequentemente são, no entanto, dissociados de Ishvara, um deus pessoal supremo que muitos hindus veneram de uma forma particular, como seu iṣṭa devatā, ou "ideal escolhido". A escolha é uma questão de preferência individual e tradições regionais e familiares.
Os épicos hindus e os Puranas relatam diversos episódios da descida de Deus à Terra em sua forma corpórea para restaurar o dharma da sociedade e guiar os humanos ao moksha. Tal encarnação é chamada de avatar.



A escolha do Deus pessoal

A escolha de um Deus pessoal facilitou a compreensão do Deus Sagun (com forma), contrapondo-se á dificuldade de compreensão do Deus Nirgun (sem forma), o poder supremo. De acordo com a crença Hindu, na qual o conceito de Atma ( parte espiritual dos seres vivos) como indestrutível é profundamente arraigada, cada individuo aspira unir-se a esse poder supremo e alcança a libertação. Cada um deve escolher uma ou mais formas de atingir essa paz suprema. Nesse aspecto, um santo(orientador espiritual) ou Guru pode ser de grande ajuda, dependendo da predisposição e personalidade de cada um.
Convém lembrar que como todas as mitologias são baseadas em contos populares impregnadas de ficção, a Mitologia Hindu e seus detalhes constituintes acerca de Deuses e Deusas não devem ser confrontados com lógica e testes científicos, mas devem ser vistos simplesmente como são. Outro fato interessante dos Hindus com seus Deus e Deusa é que cada individuo estabelece um relacionamento direto e pessoal com eles. Para facilitar isso, as imagens de todos os Deuses e Deusas têm olhos particularmente grandes e penetrantes. Em contrapartida, os Hindus geralmente são introvertidos, concentrando-se mais em si mesmo e em seus Deuses e Deusas do que na sociedade e em tudo o mais que cerca.

De acordo com as palavras de Krishina descritas no Bhagavad Gita, há três caminhos para se alcançar esse objetivo:


Gayan Marg: Obtenção e disseminação de conhecimento.
O caminho geralmente seguido pelos santos e eruditos como Kabir, Nanak e outros.

Karm Marg: Fazer o bem aos outros
O caminho tipico dos reformistas e bons samaritanos. Exemplo dessa forma são Swami Dayanan, Ghandi, Madre Tereza e outros que contribuíram ativamente para a melhoria da sociedade como um todo.

Bhakti Marg: Devoção a Deus
O caminho de personalidades sagradas como Meera, Surdas, Tulsidas e outros que introduziram a fé entre pessoas comuns.

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